11/08/2010 21:17

Benjamin Graham VI - primeiro critério de definição de ativos para uma carteira defensiva

 

Graham escreveu o seguinte para seu primeiro critério de definição de ativos para uma carteira defensiva:

“Deve haver uma diversificação adequada, porém não excessiva. Isso significa um mínimo de dez ações diferentes e um máximo de aproximadamente trinta”.

Podemos notar que só por esta primeira regra estaremos evitando perder todo o nosso capital caso uma ou outra empresa entre em concordada. Perdendo uma empresa, teremos um prejuízo máximo de 10% de nosso capital investido.

A “dica” de Graham tem outros objetivos talvez até mais profundos. Um investidor novato sempre ouve histórias de pessoas que tiveram enriquecimento rápido e de muitas outras que perderam tudo no mercado. Graham ataca este vício de “apostar”, através da diversificação!

O motivo quase sempre é que as pessoas colocam todos os ovos em uma cesta (esta analogia é muito batida no mercado e mesmo assim muitos caem neste erro). Quando acertamos o ganho é fenomenal, pena que a freqüência deste acerto é pequena.... ou teríamos descoberto a fórmula de enriquecimento.

Um exemplo interessante é da MicroStrategy, que nos começo dos anos 2000 era a eleita pelo mercado para ser a nova Microsoft (talvez o Micro tenha hipnotizado o mercado).

Em 1999 suas ações subiram 566,7%. Em março de 2000 era negociada a US$3.130,00/ação, pouco mais de dois anos depois seu preço era US$15,10/ação, uma perda de 99,5%. A descoberta de fraude contábil na empresa acabou com sua reputação e o negócio afundou.

Para os especialistas a empresa iria valorizar ainda mais em 2001, mas o histórico era de ínfimos 3 anos de negócios, impossível acreditar nesta previsão, ainda mais com os olhos que BG faz com que olhemos para as empresas. Mas mesmo que tenhamos errado nesta escolha, e esta empresa estivesse em nossos planos.... a perda seria suave, primeiro devido ao método de compras graduais, e em segundo por fazer parte de um diversificação maior.

Realmente não vale a pena arriscar tudo em apenas um cavalo, até porque não estamos em uma corrida, estamos investindo para o futuro e, portanto empresas com crescimentos históricos e bons dividendos devem ser nossas preferidas.

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